sábado, 18 de abril de 2015

16/04/2015: Quinta-feira múltipla parte 1: cocôisas angustiantes e nojentas

Bem, no dia de anteontem (16/04/2015) aconteceram duas coisas absolutamente memoráveis e vou contar com toda riqueza de detalhes que conseguir, não para enojar eventuais leitores desta primeira parte, mas para testar minha memória mesmo:
A parte 1 é sobre a incontinência fecal que tive e a parte 2 sobre ter descoberto que finalmente o remédio oral pra esclerose múltipla havia sido aprovado pela Anvisa. Uma coisa terrivelmente triste e a outra em grande parte muitíssimo contente. Tudo no mesmo dia.
Mas façamos por partes, e como acho que esta primeira postagem já ficará enorme demais, talvez seja melhor dividi-la :x

Bem, na quinta-feira fui até a Universidade Federal do Amazonas - UFAM - para tomar café e evacuar (assim que os médicos chamam), como sempre faço, o que me poupa vários custos, como as refeições do dia que custam muito mais baratas e até a economia de papel higiênico.

Pois bem: fui até lá e fiz uma primeira refeição do dia bem reforçada (4 pães com manteiga - não tenho certeza se era só a manteiga que havia no pão, mas como já fazem 2 dias, não consigo mais me lembrar se havia algo mais no pão, ora, eu tenho esclerose, gente! Múltipla, ainda por cima - e café com leite) com um custo total próximo de 1 real. É, Ser aluno de uma universidade federal tem muitas vantagens mesmo. O Restaurante Universitário - RU - é só uma delas :P
Mas não era disso que eu ia falar, eu queria (será que queria mesmo? sei não viu, mas já tô escrevendo mesmo e como dizia um amigo meu, "o que é um peido pra quem tá cagado?", eu só não podia imaginar como essa frase faria tanto sentido na minha vida daquele dia) contar sobre o que houve depois do café.
Como em outro campus da universidade eu tenho a chave de um banheiro, preferi pegar um ônibus pra lá, mesmo sendo um ônibus pago, afinal entre as vantagens de ter esclerose múltipla aqui no Brasil, posso andar de ônibus gratuitamente).

Pois é, eu estava mesmo com muita vontade de fazer cocô, cagar, descomer, evacuar, cortar o rabo do macaco, sei lá que outras metonímias dão por aí e o primeiro ônibus que passou estava cheio, de modo que não pude ir sentado, mas como a viagem é curta até o outro campus da universidade, não achei que haveria algum problema.. Mas houve :T e foi um problema e tanto. Um problema pastoso, marrom e pesado direto na minha cueca, um problema fedido e nojento que num movimento qualquer do ônibus se fez matéria palpável, deu-se a desgraça. Assim que desci do ônibus, torcendo pro problema não vazar pelos lados da cueca, fui o mais rápido que pude para o tal banheiro que tenho a chave. Chegando lá poderia aproveitar que naquele trono eu seria de fato o rei :X

Mas vamos por partes: entrei no banheiro e o tranquei, depois entrei no box que também tranquei. Arriei e tirei a minha calça que aparentemente estava incrivelmente limpa, mesmo com meio quilo (na verdade acho que tinha até mais de 1kg) de bosta dentro da cueca, que tão logo que pude joguei com tudo no cesto de lixo, pelo que me lembre, nem joguei no vaso o que tinha lá, mas torço pra ter feito isso, de qualquer forma não entrei mais no banheiro naquele dia, que deve ter ficado com um fedor tenebroso e infelizmente devo ter dado um trabalho terrível para a moça da limpeza que eu tanto gosto e nem pude falar com ela pra pedir perdão pelo ocorrido, por mais que não tenha sido exatamente culpa minha. <divagação> Bem, foi culpa minha, mas de modo algum qualquer coisa fedida que aconteceu relacionada a isso tudo foi por vontade própria. </divagação> Bem, lembro que da última vez (acho que foi a única, mas não tenho mais certeza, só sei que essa é a única que me lembro) que tive incontinência fecal eu estava internado no Hospital Universitário Getúlio Vargas - HUGV e tudo que lembro é de também ter me desfeito de minha cueca de modo igual, com a diferença de que naquele lugar, isso não dava pra ser considerado tão vergonhoso assim com tantas pessoas doentes passando por cocoisas do tipo. Num lugar onde todas as pessoas passam por problemas de saúde, não há espaço para preconceitos. Pelo menos não entre as pessoas que estavam lá.

Mas não era isso que eu ia falar, eu ia contar que quando finalmente saí do banheiro, fui direto para a parada de ônibus para vir para minha casa tomar banho e trocar de roupa, deixando a suja no modo mais completo de lavagem (e acabando com meu sabão em pó e tudo o mais que houvesse para turbinar a lavagem). Droga, divaguei no meio da divagação O.o

Eu ia contar que na parada de ônibus na saída da UFAM, encontrei um amigo de muito tempo atrás e ficamos conversando sobre essas coisas de doenças, ele me falou que sua filha tem um problema congênito e eu contei sobre o que acabara de acontecer comigo e tirei algumas dúvidas dele com relação à esclerose múltipla e a como estou passando por esta doença. É bom quando podemos conversar sobre as coisas que nos atormentam, né... Valeu, Thiago!

Mas é claro que em todos os interstícios destes parágrafos, fiquei conversando por telefone com minha namorada amada para contar do que acontecera praticamente em tempo real. Não posso deixar de falar dela, mas é que acho que somos tão parte um do outro que até esqueço de contar certas coisas.

Mas, bem, cheguei em casa, fiz tudo que devia fazer pra me limpar e voltei pra ufam pra almoçar no RU. Quinta é dia de peixe, não posso faltar nunca. Até pq a sobremesa são bananas cuja casca gosto de levar para fertilizar a mangueira que minha falecida avó plantou e cuidava tão bem, na casa da minha mãe.

Acho que a segunda parte da história da minha quinta-feira múltipla é melhor eu contar numa nova postagem, já que só esta parte já está grande demais.

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